Saúde dos Alimentos

RECOMENDAÇÕES GERAIS NA COMPRA

Quando sair para fazer compras, deixe o supermercado por último, assim você poderá levar os alimentos diretamente para casa!Quando estiver no supermercado:

– Comece suas compras pelos produtos de limpeza, higiene ou outros; compre os alimentos por último;

– Organize suas compras no carrinho: separe os produtos de limpeza dos alimentos, para evitar a absorção de odores ou a contaminação acidental dos alimentos por produtos químicos;

– Ao iniciar as compras dos alimentos, comece pelos não perecíveis (os que são armazenados em temperatura ambiente);Depois, passe para a lista dos produtos perecíveis, como frutas e hortaliças;

-Deixe os perecíveis refrigerados e congelados por último;Coloque carnes cruas (bovina, suína, aves ou outras) em sacolas plásticas, para que o suco da carne não contamine outros alimentos (contaminação cruzada);

Sempre observe as informações do rótulo, especialmente a identificação do fabricante; a validade do produto (principalmente quando há promoções), os ingredientes e as recomendações do fabricante para o correto armazenamento e preparo do alimento.

Nunca compre um alimento se a embalagem estiver violada! Uma das funções da embalagem é proteger o produto de contaminações externas que podem comprometer sua conservação e representar um risco à saúde do consumidor.

EMBALAGEM

Embalagem é o recipiente, o pacote ou o envoltório que tem a finalidade de proteger o alimento de contaminações do ambiente; facilitar o manuseio, o armazenamento e o transporte; atrair a atenção do consumidor e também informar o consumidor (nome do produto, nome e endereço da empresa, ingredientes, data de validade, composição nutricional, condições de armazenamento e preparo, etc).

A maioria dos microrganismos deteriorantes e dos patogênicos presentes nos alimentos são aeróbios, ou seja, precisam do oxigênio atmosférico para se multiplicar; entretanto, existem outros tipos: os microaerófilos (ou facultativos) e os anaeróbios. Os microaerófilos são aqueles que precisam de concentrações reduzidas de oxigênio, enquanto os anaeróbios crescem na ausência desse gás.

Por isso, a composição gasosa dentro da embalagem determina os tipos de microrganismos que vão predominar no alimento, podendo causar doença ao consumidor ou a deterioração do alimento.

A alteração da atmosfera da embalagem pode ser feita pela remoção do oxigênio (embalagem a vácuo) ou pela substituição, total ou parcial, do oxigênio por outros gases (embalagem atmosfera modificada).

EMBALAGEM A VÁCUO

Esse método é aplicável para embalagens flexíveis (plásticos), como também em embalagens rígidas (latas), e consiste na eliminação do ar com o objetivo de:

• retirar o oxigênio, o que melhora a conservação do alimento porque inibe

o crescimento dos microrganismos que são aeróbicos (que precisam do oxigênio para seu metabolismo);

• reduzir o volume da embalagem;

• eliminar a umidade do ar ambiente;

A perda do vácuo compromete a conservação e a segurança do alimento, por isso, verifique sempre a integridade da embalagem e se ela esta aderida ao produto.

EMBALAGEM COM ATMOSFERA MODIFICADA

Em substituição ao ar, normalmente emprega-se uma mistura contendo oxigênio, nitrogênio e gás carbônico, em percentagens variadas de acordo com os microrganismos que se espera encontrar no alimento em questão, considera-se tanto os que causam a deterioração quanto os que são patogênicos.

A utilização da atmosfera modificada é útil para a conservação de vegetais que podem sofrer oxidação quando em contato com o oxigênio e também para aqueles alimentos que, se forem submetidos ao vácuo, terão sua forma alterada (“massacrados”) e, em conseqüência, seu valor comercial será reduzido. Atmosferas contendo gás carbônico têm sido empregadas para prolongar o armazenamento de frutas como maça e pêra, bem como carnes vermelhas.

O nitrogênio e um gás inerte e serve para substituir o oxigênio nas embalagens; o gás carbônico inibe o crescimento dos microrganismos aeróbios e seu efeito é dependente da temperatura: em temperaturas baixas o gás se difunde melhor e, portanto, aumenta seu efeito biostático. Conserve sempre em geladeira os produtos embalados em atmosfera contendo CO₂ (dióxido de carbono ou gás carbônico).

MATERIAIS DE EMBALAGEM

PLÁSTICO – A maioria dos plásticos é permeável à umidade, ao ar e, consequentemente, ao oxigênio. Entretanto, quando se utiliza tecnologias que alteram a atmosfera em torno do alimento, emprega-se embalagens plásticas com características especiais, que não permitem trocas gasosas com o ambiente.

OBS 1: Sacos plásticos coloridos devem ser evitados para embalar alimentos que ficam durante muito tempo em contato com o plástico.

OBS 2: Sacos de lixo não são recomendados pois, via de regra, são fabricados com plásticos reciclados.

ALUMÍNIO – É um metal útil, maleável, impermeável à luz e resistente ao calor, mas sofre corrosão facilmente.

AÇO – Não é adequado para contato direto com alimentos por isso precisa de revestimento. Em latas amassadas, esse revestimento pode ter sofrido avarias e por isso, não compre produtos enlatados nessas condições.

FOLHA DE FLANDRES: lâmina de aço recoberta por estanho;

FOLHA CROMADA: recoberta por óxido de cromo;

PAPEL – Tem como características a diversidade de tipos, o baixo custo, a facilidade de impressão, além do fato de ser leve e reciclável.

Papéis impressos, principalmente jornal, não devem ser utilizados para embalar diretamente um alimento, porque, além da contaminação microbiológica, ocorre a contaminação química pela tinta de impressão, já que é solúvel e tóxica.

Rótulo: é toda a informação escrita ou gráfica que consta na embalagem do alimento.

Observe sempre o rótulo antes de comprar um alimento. Vale verificar com atenção a lista de ingredientes, para se certificar que não esta sendo enganado; o conteúdo líquido, para comparar preços entre produtos similares; a identificação da origem, alguns produtos são fabricados pela mesma empresa, com os mesmos ingredientes, mas vendidos com marcas e preços diferentes; a data de validade, especialmente se o produto estiver em promoção, certifique-se que poderá consumir o alimento antes do final do prazo; as orientações do fabricante para a conservação e, quando presente, sobre a forma de preparo do alimento; selo indicativo de que o produto foi inspecionado, se tratar de produtos de origem animal (carne, leite, ovos, pescado, mel e seus derivados).

Informações obrigatórias que devem conter no rótulo:

– denominação de venda do produto: nome específico que indica a natureza e as características do alimento

– lista de ingredientes

– conteúdo líquido

– identificação da origem: contendo o nome e o endereço do fabricante, produtor e fracionador, país de origem e localidade, número de registro do estabelecimento junto à autoridade competente.

– identificação do lote

– data da validade

– instruções sobre o preparo e uso do alimento, quando apropriado: reconstituição, descongelamento ou o tratamento que deve ser dado pelo consumidor para o uso correto do produto

– informação nutricional